Rui Tendinha, curador do JUVE – Encontros do Cinema e da Literatura Infantojuvenil, já está em Baião e destacou ao nossoterritório.pt os pontos altos do festival, que conta este ano com a estreia nacional da cópia restaurada em 4K do clássico “A Quimera do Ouro” de Charles Chaplin.
O festival arranca na quarta-feira, para quatro dias de cinema, literatura e encontros, estando mais de mil pessoas inscritas para as diferentes iniciativas.
Em declarações ao nossoterritório.pt, Rui Tendinha sublinhou que “houve um upgrade do festival em relação ao ano passado”.
“O festival cresceu em relação ao ano passado, quer em termos qualitativos, quer de conquista. O ano passado muitas pessoas ouviram falar do César Mourão como padrinho, com a imprensa a falar do festival, criou um grande burburinho e eu como programador tive muitas solicitações. Tomara alguns festivais no Porto ou Lisboa terem esta qualidade”, vincou.
Antestreias, estreias nacionais, iniciativas para as escolas e uma programação para todos os públicos, o JUVE tem preparados quatro dias onde a cultura é exaltada, num dos concelhos mais interiores do distrito do Porto.
Rui Tendinha destaca alguns momentos do festival, olhando com grande orgulho para a presença de Carmen Chaplin, neta de Charles Chaplin, em Baião, na sexta-feira, dia 24 de outubro.
“A estreia nacional da cópia do filme “A Quimera do Ouro” e a homenagem à neta de Chaplin, que vai estar no festival, é um dos pontos altos do festival, que tem, ainda, as antestreias do filme “O Velho e a Espada”, de Fábio Powers, exibido primeiro em Baião e só depois nas restantes salas de cinema, e da coprodução espanhola “É do Inimigo””, elencou o curador do JUVE.
Antecede a estreia da longa metragem “A Quimera do Ouro” a conferência sobre Charlie Chaplin, com Carmen Chaplin e à qual se juntam Joana Pais de Brito, conhecida das rábulas com o Hérman José, e Guilherme Blanc, diretor do Batalha Centro Cinema.
Rui Tendinha destacou, ainda, a estreia nacional do cineconcerto de Benjamim, no sábado, no Auditório Municipal de Baião.
“É um músico com ligação a cinema, que vai apresentar e musicar filmes antigo e penso que será um concerto original que, a partir deste concerto, ele vai ter um disco que vai sair daqui de Baião”, disse o curador.
A curta deste ano encomendada para o JUVE conta com a participação de meninos e meninas de uma escola de Baião, o que irá tornar a estreia ainda mais apetecível, avançou Rui Tendinha.
“Trata-se de uma curta, toda filmada em Baião, para um público infantojuvenil e onde os protagonistas são os meninos de uma escola de Baião, portanto, estamos todos muito entusiasmados. Eu já vi o filme do Nuno Rocha e penso que é uma fantasia que vai dar alegrar muita gente, porque tem humor e tem esse lado da ficção científica que os miúdos gostam”, salientou.
Rui Tendinha destacou a presença da Paula Magalhães, natural de Vizela, e que vai falar sobre os atores, na Biblioteca Municipal António Mota, e para a apresentação de Baião como destino cinematográfico, com a exibição de filmes rodados no concelho, dos realizadores Salvador Gil, Lucas Dutra, Paulo Ferreira e João Seugirdor.
“É uma sessão de curtas que as pessoas deviam ver, porque são histórias de Baião, mostra a paisagem e é uma sessão para toda a gente e para ficarem a conhecer como Baião fica no grande ecrã”, disse Rui Tendinha
A atriz, escritora e realizadora Sónia Balacó é a madrinha desta edição, reforçando a ligação do JUVE ao talento e à criação artística portuguesa. No âmbito do programa educativo, Balacó participará num encontro com a comunidade escolar.
Rui Tendinha considera que “o festival está a criar um grande entusiasmo, com uma madrinha que é bem conhecida de todos e a caminhar para uma dimensão de festival de cinema”.
“Isso cria entusiasmo, as pessoas perguntam muito pela programação e, apesar do mau tempo, iremos marchar contra o S. Pedro”, concluiu em tom de brincadeira.
