O presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Paulo Silva, disse hoje, no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que o foco da autarquia vai continuar a ser as pessoas e a sua qualidade de vida.
“Enquanto houver pessoas com dificuldades económicas no nosso concelho a nossa ação vai ser focada no apoio às famílias”, disse o autarca, vincando: “não haverá avenida, rotunda ou jardim enquanto houver pessoas a passarem mal em Mesão Frio”.
Paulo Silva participou hoje numa mesa redonda, na Biblioteca Municipal de Mesão Frio, que juntou representantes do Instituto da Segurança Social, I.P. – Centro Distrital de Vila Real e da Cruz Vermelha Mesão Frio (Comissão Administrativa da Delegação de Mesão Frio da Cruz Vermelha Portuguesa).
O presidente da câmara avançou que vai ser criado um gabinete de ação social, que abarcará todos os técnicos afetos àquela área e irá permitir melhorar a resposta da autarquia, “que já muita e com muito trabalho”.
“O ciclo da mentira acabou, porque acabou o período eleitoral e muitas mentiras foram ditas à nossa população, sem terem o cuidado de verem os projetos que estão em cima da mesa e de verem o que se pode ou não fazer”, constatou Paulo Silva, que admitiu que “correu o risco no primeiro mandato e irá continuar a correr, porque o foco foi e será sempre as pessoas”.
O edil acrescentou que “teve o cuidado de requalificar os recursos humanos da autarquia, sendo hoje a ação social o elo mais forte da câmara municipal”. Paulo Silva diz que “não chega”, mas “estas pessoas trabalham e trabalham com seriedade e dedicados à causa humana”.

Paulo Silva lembrou, ainda, “que a câmara abriu sempre os cordões à bolsa em termos de ação social”, defendendo, por outro lado, “que é na escola que deve começar esta sensibilização para a pobreza no concelho”.
“Os mais novos devem ser preparados para dar o que não precisam àqueles que têm necessidades e é preciso fazer este trabalho, juntamente com as juntas de freguesias, que conhecem melhor a realidade”, disse.
Para o autarca de Mesão Frio, “o Governo falha na ação social, sobretudo, pela falta de continuidade de projetos como os CLDS e o Radar Social e por não lhe interessar captar fundos comunitários para o combate à pobreza”.
“O país insiste há décadas em continuar com estes modelos e em acabar com projetos fundamentais para a população e aguarda que os presidentes das autarquias lá vão de mão estendida a pedir mais”, frisou, acrescentando: “o que eu poder fazer, faço, mas não chego a tudo. Temos programas aqui em Mesão Frio e apoios que as pessoas têm e que nunca tiveram, que devem ser aproveitados”.
Durante a sessão de hoje foi compartilhado o testemunho de uma técnica que desenvolve trabalho na área social e apresentadas boas práticas já implementadas.
A ação integrou, também, uma exposição, Photovoice, intitulada “Fragmentos da Realidade”, com fotografias associadas a perguntas e respostas que representam situações de pobreza existentes no concelho de Mesão Frio e que surgem no âmbito de todo um trabalho prévio, realizado pela equipa do CLDS 5G Mesão Frio, junto de famílias em situação de vulnerabilidade social.
Veja o vídeo aqui: https://www.facebook.com/watch?v=799060449710331