Baionense Filipe Nogueira fecha temporada no Top 10 da Peugeot Rallye Cup Portugal

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O piloto baionense Filipe Nogueira conclui época de 2025 com balanço “extremamente positivo” após participar pela primeira vez em todas as provas da competitiva competição monomarca.

O Rali de Lisboa marcou o encerramento da época 2025 para Filipe Nogueira, que este ano assumiu o desafio de disputar pela primeira vez todas as provas da Peugeot Rallye Cup Portugal, competição monomarca organizada pela Peugeot Portugal e Espanha com os competitivos 208 Rally4.

O balanço final não podia ser mais positivo, com a conquista do 10.º lugar na classificação geral, num pelotão com 24 pilotos pontuantes, e a sensação de dever cumprido num projeto que aliou competição, aprendizagem e responsabilidade social.

“Sabia que esta temporada seria um enorme desafio”, reconhece Filipe Nogueira, acrescentando:

“Era a minha primeira época completa com o 208 Rally4, um carro exigente e com muitos pilotos experientes ao volante. Entrei sem criar grandes expectativas em termos de resultados. No final, o sentimento é de orgulho: fizemos o que prometemos e estivemos sempre à altura.”

O piloto sublinha que esta temporada foi “um projeto montado de raiz”, com limitações orçamentais e uma preparação concentrada em poucos dias antes da primeira prova. 

“Comecei a época praticamente com uma folha em branco, mas com uma equipa motivada e parceiros que acreditaram em nós. Cumprimos tudo o que nos propusemos fazer e participámos nos melhores eventos do calendário nacional”, disse.

 

Cinco provas, cinco histórias

A aventura começou no Rali do Algarve, onde o projeto foi confirmado apenas na véspera da prova. “Fizemos um pequeno teste em terra no fim de semana anterior e, mesmo com tão pouco tempo de preparação, conseguimos um resultado positivo”, recorda Nogueira.

Seguiu-se o Rali Terras D’Aboboreira, “a prova de casa”, onde as condições meteorológicas voltaram a ser um fator determinante. “Há três ou quatro anos que não fazemos um Aboboreira sem chuva. Foi um rali com lama, muito difícil, onde passámos praticamente até sábado à hora de almoço a tentar encontrar um ‘set-up’ adequado para o carro. Mas, estar a correr em casa tem sempre um sabor especial.”

Com o fim das provas em terra (as preferidas do piloto) começou a fase de asfalto, com o Rali Vinho da Madeira, uma das grandes clássicas do calendário. “Foi uma experiência fantástica. Tínhamos preparado bem a prova e fizemos um teste importante, mas um suporte solto logo na primeira especial de sábado obrigou-nos a parar e fez-nos perder cerca de 10 minutos. Depois a organização cancelou três especiais, o que foi lamentável, pois impediu-nos de completar a totalidade dos quilómetros planeados. Mesmo assim, a adaptação ao asfalto evoluiu muito.”

Em Chaves/Verín, essa evolução ficou evidente. “Foi um rali onde conseguimos mostrar o nosso ritmo e registámos tempos muito interessantes, terminando com uma sensação muito positiva”, salientou o piloto.

A época terminou no Rali de Lisboa, disputado em condições particularmente difíceis. “Os pisos estavam extremamente traiçoeiros e a meteorologia não ajudou, mas mantivemos a regularidade e conseguimos fechar a temporada com um 5.º lugar, que acabou por compensar as dificuldades enfrentadas.”

 

Aprendizagem, resiliência e reconhecimento

O balanço final é claramente positivo. “Este foi um ano de enorme aprendizagem. Estar entre os dez primeiros da Peugeot Rallye Cup Portugal, com um carro novo, contra adversários de grande experiência e equipas bem estruturadas, é algo que nos deixa orgulhosos. Mais do que o resultado, importa a evolução e a capacidade de cumprir o projeto do início ao fim.”

O piloto destaca também a importância do apoio técnico e humano. “Tivemos sempre um carro irrepreensível preparado pela Fernando Costa Motorsport, com o empenho do Bruno Cunha e do Carlos Carneiro. E não posso deixar de agradecer ao Pedro Figueira, que aceitou o desafio de sair da Madeira para disputar pela primeira vez provas no Continente e logo no Campeonato de Portugal de Ralis. Foi um parceiro incansável.”

 

Um projeto com dimensão social

Para além da vertente desportiva, Filipe Nogueira continua a associar a sua presença nos ralis ao projeto de Prevenção Rodoviária desenvolvido no Município de Baião, que este ano foi também levado a Amarante.

“Mais uma vez conseguimos acrescentar valor e inovação, usando o desporto motorizado como veículo para transmitir mensagens de segurança rodoviária e responsabilidade ao volante. É algo que nos orgulha muito e que queremos continuar a fazer crescer”, realçou.

Filipe Nogueira faz questão de agradecer a todos os parceiros que tornaram a época possível: Go Shop, Visit Baião, Kamoka, PHC Serralharia, WTL, Fielnorte, Glassdrive, Yellow MotorLobos, Proteu, Solgás, Marantauto, Freguesia de Teixeira e Teixeiró, CEIB Informática, Petrofregim, Tasca do João, Pestana Automóveis, CSP, RN Design, Protoitures, Mondim Conta e Fernando Costa Motorsport. “A todos os que acreditaram, colaboraram e ajudaram a concretizar este projeto, o meu profundo obrigado. Com pouco fizemos muito, e isso é motivo de grande orgulho.”

Num registo mais pessoal, o piloto dedicou ainda a temporada ao pai, falecido em agosto. “Foi ele quem me transmitiu, desde criança, a paixão pelos carros de rali, nas encostas da Serra da Aboboreira. Esta época é, acima de tudo, uma homenagem à sua memória”, disse.

Filipe Nogueira admite que gostaria de dar continuidade ao trabalho realizado. “Seria extremamente positivo poder fazer uma segunda época com o 208 Rally4, agora com a experiência acumulada. Sinto que temos margem para evoluir e para continuar a representar com dignidade Baião, os nossos parceiros e todos os que nos acompanham.”

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