A tomada de posse dos órgãos autárquicos de 2025 em Baião ficará para a história — não pela elevação democrática que se exige a um momento desta importância, mas pela forma como alguns escolheram transformar um ato solene num espetáculo lamentável de arrogância e desrespeito.
A vitória da coragem e da dedicação
Comecemos, porém, pelo que verdadeiramente merece ser celebrado. No domingo, assistimos à consagração de uma mulher excecional: a Dra. Ana Raquel, agora Presidente da Câmara Municipal de Baião.
Uma mulher que representa o melhor da política — a coragem serena, a dedicação às pessoas e a fidelidade aos princípios.
Em tempos de cansaço e descrença, Dra. Ana Raquel é prova viva de que a política pode ser um ato de amor ao próximo. É mãe, esposa, cidadã e líder — e em cada uma dessas dimensões revela a mesma verdade, a mesma força, o mesmo brilho no olhar de quem acredita que servir é transformar.
A desilusão de quem não soube perder
Mas se Baião ganhou com a liderança da Dra. Ana Raquel, perdeu — e muito — com a postura do Partido Socialista local durante a tomada de posse.
O povo falou de forma clara e inequívoca nas urnas: o povo quis a mudança e o PSD venceu. Foi uma vitória do mérito, da confiança e da seriedade.
Os Baionenses distinguiram as pessoas das siglas e confiaram em quem apresenta trabalho, proximidade e visão. Contudo, o PS Baião decidiu ignorar o resultado do eleitorado para a assembleia municipal, subvertendo o espírito do voto popular, aproveitando-se da lei e deixando um rasto de indignação e perplexidade.
O povo esperava que não apresentasse lista à Assembleia Municipal como sinal de respeito — o mesmo não se verificou. A eleição da Mesa da Assembleia Municipal revelou o pior da política: jogos de bastidores, manobras de última hora e uma ausência total de respeito pela vontade do povo.
Compromisso, não conveniência
A renúncia em bloco de três vereadores socialistas, anunciada quase em cima da hora, foi um ato que manchou o momento e o Partido Socialista ainda mais. O mandato autárquico é um compromisso com a comunidade, não um capricho a exercer ou rejeitar conforme o vento político.
Quem aceita ser eleito assume uma responsabilidade perante o povo — e não tem o direito de abandonar o barco apenas porque o resultado não correspondeu às suas ambições pessoais.
A democracia não é um palco de conveniências, é um pacto de serviço e de lealdade.
Isto aplica-se a todos os Partidos e a todos os mandatos.
A política da provocação
E se isso já seria grave, pior foi o comportamento do novo Presidente da Assembleia Municipal, que escolheu o caminho da arrogância e da provocação. Escolheu um discurso político, ao jeito de encerramento de campanha, num momento solene e num cargo já empossado que exige isenção partidária.
O seu discurso incendiário, marcado por deturpação de factos e ataques e soberba, foi um insulto a todos os presentes — socialistas, sociais-democratas e independentes.
Baião não merecia um teatro tão pobre em dignidade e tão rico em vaidade.
O povo manifestou-se de imediato e não se conteve, tal era a indignação.
Mais chocante ainda foi o silêncio cúmplice de alguns e o desconforto evidente de muitos mais, militantes do próprio PS, que não esconderam a vergonha perante tamanha falta de compostura.
As redes sociais não perdoaram, e o cenário político concelhio tomou nota: o Partido Socialista de Baião vive hoje uma das suas maiores crises de credibilidade.
Falta-lhe rumo, falta-lhe humildade, falta-lhe sobretudo a ligação genuína às pessoas que um dia confiaram no seu projeto.
Um novo tempo para Baião
O Dr. Miguel Correia Dinis, vencedor legítimo da eleição para a Assembleia Municipal na votação do eleitorado, viu o seu nome e o seu trabalho desrespeitado.
Tentou o diálogo, procurou o consenso, fez o que um verdadeiro democrata faz — mas encontrou pela frente a teimosia e o orgulho de um Partido Socialista que confunde liderança com autoritarismo.
O Dr. Dinis Correia representa o novo tempo político de Baião — um tempo de firmeza com respeito, de coragem com responsabilidade, de ambição com valores.
Em política, como na vida, há momentos que definem o carácter dos homens.
E o que se passou em Baião foi um triste retrato de como a vaidade pessoal pode destruir o que resta da decência pública.
Mas também foi o despertar de uma nova consciência coletiva: a de que Baião não quer mais ser palco de interesses, mas exemplo de integridade e serviço público.
O exemplo de quem sabe servir
O PSD mostrou maturidade, serenidade e respeito pela democracia.
O PS, infelizmente, escolheu o caminho da intriga e do desrespeito.
A diferença ficou à vista de todos: de um lado, a humildade e a competência de quem quer servir; do outro, a arrogância e o oportunismo de quem quer mandar.
Baião precisa de lideranças firmes, mas justas.
Precisa de gente que ame a terra, não de quem a use como palco de ambições pessoais.
Baião escolheu a Dra. Ana Raquel e os seus vereadores, o Dr. Dinis Correia e os seus deputados, e todos os presidentes de Junta — sem olhar ao partido, mas olhando ao carácter, à entrega e à verdade.
Hoje, Baião tem finalmente um projeto que nasce do coração do seu povo e não dos corredores do poder.
Um projeto feito de proximidade, de trabalho e de esperança.
E é esse espírito que há de guiar cada decisão, cada obra e cada gesto desta nova equipa.
E por isso, hoje não posso deixar de expressar o orgulho imenso na Dra. Ana Raquel — e na confiança renovada de que a verdade, a coragem e a dignidade acabarão sempre por vencer.
Não tenho dúvidas de que a equipa que encabeça fará um trabalho extraordinário e trará de novo a Baião a dignidade que merece, com muito dinamismo e inovação.
Baião precisava de grandes Homens e Mulheres na liderança, e agora tem.
Baião vai Fazer Acontecer novamente — com verdade, com coragem e com respeito.
Por Baião e pelas pessoas, acima de tudo
Chegou o momento de virar a página e de colocar Baião em primeiro lugar.
As eleições passaram, a escolha foi feita, e agora é tempo de unir — não de dividir.
A partir de hoje, a política deve dar lugar ao trabalho, a disputa deve dar lugar à cooperação, e as diferenças partidárias devem ceder ao interesse maior do concelho e dos Baionenses.
A Dra. Ana Raquel e a sua equipa merecem, e devem poder cumprir o projeto que o povo legitimou nas urnas.
É isso que exige a democracia e é isso que honra Baião.
O PSD apresentou uma visão clara, moderna e humana para o concelho — uma visão que agora precisa de espaço, estabilidade e colaboração para ser concretizada.
Não se pede alinhamento cego, pede-se sentido de responsabilidade.
Não se exige silêncio, exige-se respeito.
O tempo das manobras acabou — começa o tempo das soluções.
Baião pertence a todos: a quem votou PSD, a quem votou PS, a quem votou noutros, e até a quem não votou.
O que nos une é muito maior do que o que nos separa: o amor por esta terra, a vontade de a ver crescer e o orgulho de lhe chamar casa.
Que cada autarca, cada vereador, cada deputado e cada cidadão saiba agora colocar Baião à frente das suas diferenças.
Só assim construiremos o futuro com verdade, com dignidade e com respeito.
Porque Baião merece — e o povo não espera menos.
Pela eleitora baionense Liliana Geada



