Fundação Eça de Queiroz: 35 anos de uma instituição que reúne um espólio único do escritor (C/VÍDEO)

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Se há 35 anos a visão futurista de Maria da Graça Almeida Salema de Castro, que esteve na criação da Fundação Eça de Queiroz (FEQ), já mostrava o potencial de Tormes, hoje em dia, o património associado ao escritor é de valor incalculável.

Criada a 09 de setembro de 1990, a Fundação Eça de Queiroz, com sede em Santa Cruz do Douro, no concelho de Baião, é hoje em dia um referencial histórico, biográfico e bibliográfico do escritor de “As Cidades e Serras” e dos “Maias”, oferecendo aos “queirosianos” uma verdadeira viagem pela vida e obra o autor.

Completou 35 anos da sua criação e é com visitas guiadas à casa e quinta de Tormes que a FEQ vai assinalar a data, levando o visitante pelos diferentes espaços e com a explicação detalhada de Carla Vieira, técnica cultural.

Por dentro das paredes da casa, que encerra em si documentos e mobiliário, vão estar peças únicas, como as primeiras edições do escritor, as pagelas do seu óbito e um passaporte que, na falta de máquinas fotográfica na altura, conta com informação detalhada da fisionomia de Eça.

Peças que estão guardadas e raramente expostas ao público e fazem parte de um espólio doado à fundação, composto por documentos raros, como um bloco de desenhos, onde Eça, ao serão com os amigos, deixava fluir a imaginação e desenhava e desenhava-se das mais variadas formas.

Pelas salas da Casa de Tormes, a visita contempla a mesa onde Eça comeu o famoso arroz de favas com frango alourado, a cadeira do Silvério e peças pessoas de Eça e da esposa, como as alianças de casamento, um relógio e uma gargantilha usada pela esposa.

Antes da passagem pelo quarto de Eça, o visitante tem para apreciar a sala com os móveis da casa de Paris e o faqueiro da família, devidamente timbrado com as iniciais do nome do escritor.

A Capela de Santo António é outros dos pontos de visita, convidando o público a conhecer os costumes antigos, onde o povo assistia à celebração religiosa na parte de baixo da capela e os senhores, com o objetivo de não se misturarem, serviam-se de um coro em madeira, com entrada direta pela casa.

A visita termina no lagar da casa, devidamente recuperado, onde é possível apreciar as peças que ajudavam a fazer o vinho, também este néctar tão apreciado por Eça de Queiroz, quando fazia de Tormes o seu pouso, longe dos burburinhos das cidades grandes.

No sábado, dia 13 de setembro, a Quinta de Tormes estará aberta ao público, com visitas guiadas gratuitas, de hora a hora e sem marcação, sendo que estão limitadas a 25 pessoas em cada hora. Os interessados podem usufruir da visita com os seguintes horários de entrada 09:30, 10:30, 11:30, 12:30, 14:30, 15:30 e 16:30.

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