Maria Barbosa partiu de Baião há mais de 30 anos em busca de um futuro melhor para a família, mas regressou sempre à terra Natal de férias, onde aproveita as festas concelhias e o encontro concelhio de emigrantes.
Deixou Baião com o marido e os dois filhos em direção à Bélgica, “sem trabalho e com muitos receios”. Numa semana arrendou casa e conseguiu emprego, tendo feito uma vida de trabalho, compensada agora com a reforma, que a trouxe de volta a Baião.
As saudades dos filhos e dos netos, que estão na Bélgica, são muitas, garante Maria, que vai ter o filho com ela na festa do emigrante, mas a filha e as netas já regressaram à Bélgica.
De lágrima no olho, Maria conta que regressou a Baião há cerca de um ano e meio, “mas a adaptação tem sido muito difícil”.
“Estava habituada a outro ambiente, a uma cidade grande, mas aos poucos vou retomando a vida aqui e é aqui que quero estar. Nunca nos passou pela cabeça ficar na Bélgica”, disse ao nossoterritório.pt.
Para Maria e o marido, a festa do emigrante é um dia diferente, que os faz reencontrar amigos e conviver. São presença assídua desde que a festa começou a ser realizada e, por norma, são dos últimos a abandonar o evento, não deixando de dar um pezinho de dança.
“Temos que agradecer ao presidente da câmara, o doutor Paulo Pereira, e a todo grupo que ajuda a fazer a festa, também à Ildinha, minha amiga. Não é fácil agradar a todos, a autarquia já faz muito em oferecer almoço e um dia diferente”, realçou.
Maria Barbosa lamentou “que muitos dos participantes, mal acabam de almoçar, vão embora, não ficam para a animação”.
“Para mim é uma grande falta de respeito para quem organiza a festa. Nós ficámos sempre até ao fim e agradecemos de coração este dia de festa”, evidenciou.



