O Município de Baião inaugurou hoje a área de acolhimento empresarial de Campelo, orçada em 1,3 milhões de euros, cujos lotes estão todos vendidos, o que vai permitir que autarquia avance com novas áreas empresariais, como a de Santa Marinha do Zêzere.
Os oito lotes construídos em Campelo foram vendidos em hasta pública, por cerca de 220 mil euros cada, mas o número de empresários que manifestou interesse em implantar a suas empresas no concelho foi o dobro, adiantou aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira.
“Finalmente temos esta área de acolhimento inaugurada, mas se tivesse dependido da nossa vontade, do nosso orçamento, já estava resolvida há um ano e meio, dois anos. O atraso deveu-se à pandemia e depois à guerra na Ucrânia, com a escassez de materiais e com alguma falta de pessoal, mas estamos muito satisfeitos. É uma obra que está pronta e perspetiva-nos para podermos fazer uma nova candidatura a fundos comunitários para podermos avançar para o nosso foco, que é Santa Marinha do Zêzere”, indicou o edil baionense.
A par de Santa Marinha do Zêzere, a autarquia tem a possibilidade de avançar com a expansão na zona a montante da antiga zona industrial de Campelo, depois da alteração ao Plano Diretor Municipal, que permitirá essa intervenção.
Paulo Pereira vincou que “a autarquia não pode apoiar empresas com subsídios”, referindo que “às vezes as pessoas não estão bem atentas e atribuem-se competências aos municípios que na verdade não as têm. Se há falta de empresas, a câmara não cria empresas, são iniciativas privadas, o mesmo se aplica à habitação, a autarquia não cria habitação, tirando a habitação social, mas essa medida não responde a todas as necessidades da habitação”.
“O que podemos fazer para apoiar é ter uma parceria com a associação empresarial e encontrar aqui um conjunto de mecanismos de apoio e estímulo, e temo-lo feito. Podemos agir, mais ou menos, diretamente naquilo que são impostos municipais sobre as empresas, nomeadamente, a derrama, que está isenta para as empresas no concelho de Baião, mas podemos fazer muito pouco mais para além disso”, constatou o autarca, acrescentando que “esta área de acolhimento empresarial é, também, uma forma de apoiar em empresas, feitas as contas, o investimento foi de 1,3 milhões de euros, o investimento comunitário foi de 390 mil euros e os lotes foram vendidos a cerca de 220 mil euros cada. O resto foi um investimento feito pela autarquia”.
A nova infraestrutura representa um reforço da capacidade de atração de investimento e da criação de emprego no concelho, traduzindo-se num aumento de 23.000 metros quadrados da área disponível para instalação de empresas.
A cerimónia de hoje contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, do presidente da Assembleia Municipal, Armando Fonseca, do vice-presidente da autarquia, Filipe Fonseca, do vereador responsável pelos Assuntos Económicos e que liderou o processo de expansão da área empresarial, José Lima, das vereadoras, Anabela Cardoso e Célia Azevedo, do representante da União das Freguesias de Campelo e Ovil, Gaspar Rodriguês, da presidente da Associação Empresarial de Baião, Maria Miguel Correia, assim como de outros autarcas locais e empresários.



