O Município do Marco de Canaveses vai avançar com uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em Constance, que irá servir cerca de 2.500 habitantes de parte daquela freguesia e de Vila Boa de Quires e Maureles.
Com o valor base de cerca de 2,2 milhões de euros, a par da construção do novo equipamento, a autarquia marcuense vai realizou a obra de construção de ramais, orçada em cerca de quatro milhões de euros.
O investimento previsto é de seis milhões de euros, que se junta a diversas obras nas redes públicas de abastecimento de água e de saneamento do concelho do Marco de Canaveses, que, só no ano de 2024, ultrapassa os 7,4 milhões de euros.
Cristina Vieira, que hoje realizou uma visita ao local de construção da nova ETAR, disse aos jornalistas que a “intervenção vai acabar com um passivo ambiental nas freguesias”.
“É uma obra necessária e, neste momento, aguarda apenas o parecer do Tribunal de Contas para arrancar”, disse, acrescentando que “a nova ETAR vai juntar-se ao grande volume de obras ao longo do concelho, em todas as freguesias”.
“Devo realçar o salto qualitativo que demos. Antes do PS chegar à Câmara Municipal de Marco de Canaveses os investimentos que havia serviam cerca de 500 habitantes, isto entre os anos de 2004 e 2017. Depois do Partido Socialista chegar à câmara, os investimentos servem 1.500 habitantes por ano”, vincou Cristina Vieira.
A construção da ETAR de Agrela e Constance terá um prazo de execução de 455 dias e prevê-se que o equipamento tenha a capacidade de tratar efluentes de origem urbana numa quantidade média estimada de 600 metros cúbicos por dia, contribuindo para a eliminação de passivos ambientais existentes no Lugar da Agrela, em Vila Boa de Quires, e em Talhos, na freguesia de Constance.


A acompanhar a visita esteve Bruna Santos, presidente da Junta de Freguesia de Constance, que constatou a importância da obra para a freguesia.
“Nesta zona onde nos encontrámos era uma lacuna muito grande. Não há água nem saneamento. É uma obra muito ansiada pela população, temos uma zona de prédios e muitas casas, onde o saneamento por vezes escorre a céu aberto e esta obra vai acabar com isso”, referiu autarca de freguesia.
Também no local esteve Joaquim Moura, engenheiro do ambiente da autarquia e responsável pelo projeto, que abordou algumas questões técnicas da obra, mas deixou, sobretudo, uma mensagem à população: “Adiram a este serviço. A sustentabilidade destes sistemas depende da adesão das pessoas e a ligação aos ramais não tem taxas”.
A autarquia marcuense prevê que a obra esteja terminada daqui a dois anos.