“Gostava de deixar claro a todos os associados da Banda Marcial de Ancede que, apesar do atropelo a que a Lista A, candidata aos órgãos sociais da associação, foi submetida nas eleições eleitorais a que a banda foi sujeita no último sábado, em meu nome pessoal não me vou juntar a qualquer movimento de impugnação eleitoral, nem me responsabilizo ou autorizo quaisquer movimentos em meu nome que possam surgir.
A minha intenção foi única e simplesmente procurar dar o meu contributo para que pudéssemos todos perceber que aquilo que nos une é bem maior do que aquilo que nos separa e não vou trair os meus propósitos, porque não quero abdicar da minha tranquilidade e claro da tranquilidade dos poucos músicos que a banda ainda tem.
Se porventura continuarmos com este clima, o normal será saírem da banda desde logo os oito elementos músicos candidatos pela Lista B e consequentemente os seus familiares e amigos próximos, o que resultaria numa banda sem músicos.
Sei, e tenho a plena certeza, de não ter qualquer tipo de responsabilidades na Banda ao longo dos últimos anos e, portanto, do estado atual em que se encontra, seja ele bom ou mau, e sei também que a partir do momento em que me envolva em mais situações para além do período eleitoral passarei a ser responsável pelo que daí advier. Deixo pois claro que aceito o resultado eleitoral e espero que quem quis à força continuar nos destinos da associação trabalhe durante dois anos pelo menos ao nível que o fez nas últimas duas semanas.
Agradeço a todos os sócios que nos deram o seu apoio, recordo que tivemos uma votação de 117 votos, numa assembleia geral com 82 presenças assinadas, com cerca de 150 votantes presenciais e mais cerca de 90 votações por correspondência que chegaram à associação não sei como, muitos ou a sua maioria sem fotocópia do cartão de associado (obrigatório estatutariamente) e a votarem massivamente na Lista B.
Não nos foi facultada lista de associados, reuniões com músicos, com associados, não fecharam as inscrições de sócios no período eleitoral como pedimos, mas fecharam-nas quando quiseram. No fim somente nos foi dito que foi igual para todos. A banda fez pelo menos 100 sócios nas últimas duas semanas, quando em média e anualmente pagam cotas 100 sócios.
Quem não pode ajudar não estorva e para mim acabou todo este processo, porque não quero ficar com a responsabilidade de ficar com uma banda sem músicos.
Aos meus colegas candidatos pela Lista A, aos diferentes órgãos sociais deixo o meu agradecimento de coração, foi lindo voltarmos a falar da nossa banda juntos”.
Manuel António Barbosa Monteiro
O nossoterritório.pt contactou a Lista B, não tendo obtido resposta até ao momento.



