Nuno Pinto, João Vieira, Joana Sardoura, Alexandra Vieira, Beatriz Vieira e Patrícia Monteiro juntaram-se para dar ao concelho de Baião um agrupamento de escuteiros, que tem sede em Ancede, mas é criado para todo o território.
No distrito do Porto, Baião é o único concelho que não tem um agrupamento de escuteiros e o grupo de Ancede vai contornar essa falta, com a criação do Agrupamento 9131 (número provisório) de Ancede.
Os seis elementos que estão a dar o pontapé de saída estão a terminar a formação, que lhes permitirá avançar com os cargos de dirigentes e receber os pequenos escuteiros no grupo.
Vão começar com os Lobitos, dos seis aos 10 anos, mas o objetivo é ir sempre crescendo, tendo o grupo dos Exploradores (dos 10 aos 14 anos) dos Pioneiros (dos 14 aos 18 anos) e dos Caminheiros (dos 18 aos 22 anos).
“Estamos a dar um passo de cada vez, mas estamos muito empenhados. Queremos avançar com os miúdos para podermos preparar a nossa promessa, que é onde recebemos o lencinho, juntamente com os miúdos”, contou ao nossoterritório.pt Nuno Pinto.
Foi na sede do agrupamento, no sótão do salão paroquial de Ancede, que a nossa reportagem encontrou os elementos do grupo. Um espaço cedido pela paróquia, que irá albergar o agrupamento. É ali que querem dar os primeiros passos no escutismo de Baião, num trabalho previsto arrancar em novembro.
As inscrições estão abertas e podem ser efetuadas através das redes sociais do agrupamento ou no dia 11 de outubro, na sede, entre as 14:00 e as 17:00, onde vão estar os membros do grupo para receber pais e miúdos.
“Vamos fazer algo incrível, que é dotar o único concelho do distrito do Porto com um grupo de escuteiros e isto acontece no ano em que a região do Porto completou o centenário, por isso, vamos ser o primeiro agrupamento do próximo centenário”, realça Nuno Pinto.
O desafio é grande, mas o empenho do grupo não é menor. Confessam que “este primeiro ano vai ser o mais desafiante”, porque “vão ter de ensinar tudo do zero”, mas estão expectantes por aquilo que aí vem.
“No escutismo os miúdos escolhem a atividade e preparam tudo, toda a logística, este ano vai ser mais da nossa parte, vamos ensinar e orientar para que fiquem depois eles com essa responsabilidade”, contam.
No escutismo, a responsabilidade e as regras são palavras de ordem que, juntamente com o divertimento, colocam os miúdos a fazer atividades diversas.
“Eles têm muitas tarefas, têm de lavar a sua própria louça e limpar e fazem-no de boa vontade. Alguns pais ficam admirados, porque em casa nada fazem”, diz Joana, realçando que “também têm a parte divertida e têm interação uns com os outros que é muito importante”.
“Aprenderem a fazer amizades e a discutir até chegarem a um consenso, porque hoje em dia eles não sabem fazer isso, discutem e viram as costas sem quererem saber de mais nada”, completou.
Nos escuteiros há cargos, como o tesoureiro, o cozinheiro e o guarda material. São atribuídos aos miúdos, permitindo-lhes adquirir responsabilidades.
“O escutismo é isto. É partilhar e brincar”, disse Alexandra.
As atividades vão agora se desenvolvidas na sede, devido ao inverno que se aproxima, mas com o bom tempo, o agrupamento vai priorizar as atividades ao ar livre.
O grupo diz que “a expetativa é alta e a motivação ainda maior”. “Será uma segunda família”, garantem.
Aos adultos, fica o convite para se candidatarem a dirigentes, estando já mais duas pessoas a começar a formação. A partir de 20 anos, podem candidatar-se e integrar o agrupamento.
As atividades estão previstas para os sábados, das 15:00 às 17:00.
A finalizar, o grupo quis deixar um agradecimento ao Instituto Recriar a ao Vita Baião, pela oferta de vouchers para as rifas que venderam, para angariar dinheiro.
“Estamos a começar do zero, não temos nada, por isso quem quiser ajudar é bem vindo, vamos precisar de tendas e fogões e queremos muito envolver a comunidade nas nossas atividades”, frisaram.



