O escritor Francisco Mota Saraiva venceu o Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz / Fundação Millennium bcp 2025, com o romance “Aqui Onde Canto e Ardo”.
Entre os finalistas encontravam-se Ana Bárbara Pedrosa, João Pedro Vala, Marta Pais Oliveira e Rita Canas Mendes. Na edição anterior (2023), foi contemplada a obra A História de Roma, de Joana Bértholo.
“Esta obra destaca-se enquanto exercício literário ambicioso, designadamente no que diz respeito à sua complexidade formal. Constrói-se, deste modo, um universo ficcional polifónico que dialoga com vozes marcantes da narrativa portuguesa contemporânea, procurando uma sua atualização”, refere o júri, constituído por Ana Luísa Vilela, Bruno Vieira Amaral, Carlos Reis, Isabel Lucas e Luísa Mellid-Franco, que escolheu a obra por maioria.
O prémio, patrocinado pela Fundação Millennium bcp, no valor de 10.000 euros, contempla bienalmente uma obra ficcional (romance ou novela) de autor português com idade não superior a 40 anos, e visa promover e incentivar a produção de obras literárias em língua portuguesa, bem como homenagear Eça de Queiroz, um dos maiores vultos nacionais e internacionais da literatura e cultura portuguesas.
A entrega do prémio irá decorrer em data a anunciar na sede da Fundação Eça de Queiroz, Tormes, na casa que inspirou o autor de A Cidade e as Serras.
Francisco Mota Saraiva nasceu em Coimbra em 1988. É licenciado em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e tem um mestrado em Direito e Gestão, pela Nova School of Business and Economics. Em 2021, foi-lhe concedida uma bolsa de criação literária, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, e, em 2023, uma residência literária pela Fundação Eça de Queiroz. Aqui onde canto e ardo foi o seu primeiro romance, vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2023. Em 2024, foi distinguido com o Prémio Literário José Saramago, com Morramos ao menos no Porto, agora publicado pela Quetzal.



