Rosa Ferreira foi a primeira cabeleireira em Baião e continua a trabalhar 54 anos depois

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Rosa Ferreira foi a primeira cabeleireira do concelho de Baião e, 54 anos depois, continua a trabalhar e a mostrar aos mais novos que não há idade para aprender.

Com 19 anos ajudava a mãe a fazer malhas, mas era os cabelos que Rosa gostava de manusear, jeito que lhe era inato, “mas não tinha coragem de pedir aos pais para ir aprender”, contou ao nossoterritório.pt.

“Foi a minha irmã mais nova, que faleceu pouco depois de eu começar a trabalhar como cabeleireira, que pediu ao meu pai para me deixar ir aprender”, disse Rosa.

Ao pedido da irmã, o pai de Rosa apenas respondeu “ela que arranje” e Rosa arranjou. Foi no Porto que aprendeu a arte. Eram três meses de curso, mas Rosa garante que, “no conjunto dos dias que foi, nem um mês lá andou”.

Dedicada e talentosa, Rosa abriu o seu espaço, que ainda hoje está no mesmo local, na semana das festas de São Bartolomeu e recorda bem quem foi a primeira cliente.

“Foi a esposa do Dr. Silva, que era muito minha amiga”, recordou.

Nessa semana, seguiram-se muitas outras clientes, vindas de vários pontos do concelho e até de concelhos vizinhos. “Não havia cabeleireiras, era uma novidade para estas bandas”, revelou.

Rosa fez cortes, alisou e fez permanentes nas clientes, mas no curso faltou-se fazer uma permanente a frio. Já depois de abrir o seu espaço, Rosa voltou ao Porto com uma senhora para aprender a fazer permanente a frio e o cabeleireiro que ensinou a baionense ficou “admirado” pelo seu desenvolvimento.

“Depois de abrir o meu espaço foi sempre a trabalhar. A prática ajuda muito e eu consegui fazer tudo. O apanhado, só tinha feito um no Porto, mas fui tirando ideias e lá fiz à minha maneira”, contou.

Pelas mãos de Rosa Ferreira não passaram só cabelos, muitas meninas e senhoras aprenderam a arte e foram seguindo novos rumos. Rosa garante que “há trabalho” e “muito” e uma só pessoa num salão não consegue dar conta do recado.

Também a evolução dos tempos não passou despercebida à cabeleira baionense, que fez e faz formações para ir ao encontro da exigência das clientes.

“Ainda hoje tenho muitas clientes de muitos anos. Elas confiam em mim, no meu trabalho e gostam”, constatou Rosa Rosa Ferreira.

Clientes que a procuram e que a levam a continuar a trabalhar “enquanto sentir que está bem”

“Gosto de trabalhar, mas começa a ser um bocadinho pesado”, disse.

Rosa tem duas filhas, que podiam seguir a arte, mas uma é esteticista, e também foi das primeiras em Baião, e a outra é colaboradora numa escola, “mas tem muito jeito e ajuda a mãe”, contou Rosa, que lamenta não ter na família quem siga a sua paixão.

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