A candidata da CDU à Câmara Municipal de Baião, Natacha Fernandes, que apresentou a sua candidatura no domingo, diz que avança focada em “defender as necessidades, os anseios e direitos da população e pelo progresso e desenvolvimento de Baião”.
“Nas eleições autárquicas que se avizinham, a CDU bater-se-á pela satisfação das necessidades da população de Baião, pelos seus anseios e direitos, pelo progresso e desenvolvimento da nossa localidade. Para que, com as listas da CDU concorrentes à Câmara e à Assembleia Municipal de Baião, se possa continuar a cumprir muito do ideário luminoso e progressista da revolução de Abril”, vincou a candidata em declarações ao nossoterritório.pt.
No domingo, a CDU juntou militantes e amigos num almoço, para apresentar Natacha Fernandes como candidata à Câmara Municipal de Baião, e Carlos Ferreira à Assembleia Municipal de Baião.
A candidata falou numa “política voltada para os interesses especulativos dos grandes grupos económicos”, referindo que “quem sofre com isso são os trabalhadores, é o povo, são as regiões, é o país”.
“Por isso, a CDU não se pode alhear do combate político, vindo a terreno para afirmar as suas propostas para avançar com as suas ideias, para defender as terras e as populações de Baião”.
Natacha Fernandes abordou a desertificação e o despovoamento, lembrando que “os jovens se vão embora, procurando melhores condições no litoral ou no estrangeiro”.
“É difícil fixá-los nas suas terras de origem. O interior só fornece baixos salários, emprego precário, emprego não correspondente às qualificações académicas dos jovens de hoje, ou simplesmente aí não se encontra emprego algum, cerceando-se desse modo um dos mais fundamentais dos direitos humanos: o direito ao trabalho”, frisou.
Natacha Fernandes defende que “é preciso mobilizar as populações em defesa do SNS, em defesa da escola pública, do direito à habitação, é intolerável a fixação de uma renda de 500 euros em Baião, atendendo aos baixos rendimentos da população, bem como mobilizar as populações para a defesa do direito à justiça, à paz, à mobilidade, aos transportes públicos, pois o direito ao trabalho não deve colidir com a obrigatoriedade de se possuir, no interior, carta de condução para exercê-lo”.
A candidata, que esteve acompanhada pela concelhia da CDU de Baião, vincou, ainda, que “na luta política autárquica, se deve apoiar sempre as lutas dos trabalhadores dos serviços e das autarquias, inseridas no movimento geral das lutas dos trabalhadores portugueses por melhores salários e melhores condições de trabalho e assistência social”.
Dos objetivos para Baião, Natacha Fernandes aponta “o apoio às micro, pequenas e médias empresas para a criação de empregos e como contributo inestimável para a economia local e nacional, a promoção de melhores acessibilidades, como as que se prendem com os acessos à Ponte da Ermida ou a intervenção em estradas que dessa intervenção estejam a necessitar, e a continuidade da luta pela reposição das antigas freguesias”.
Natacha Fernandes defendeu, ainda, “que se deve ser firme na denúncia e no combate ao racismo, à xenofobia, à homofobia, à misoginia, a todas as formas de preconceito e de discriminação, se deve denunciar também os problemas ambientais e simultaneamente reconhecer a importância das silvo – pastorícia para a vida natural e a sustentabilidade, bem como combater a política predatória, o saque, dos recursos naturais, como o da água, retirados dos Municípios para serem entregues, com prejuízo das populações, aos grandes grupos económicos para daí estes extraírem avultados lucros que não beneficiam ninguém a não serem eles mesmos (a água em Baião é paga quase a preço de ouro: é uma das mais caras do país)”.
Sendo Baião um concelho com grande área florestal, a candidata da CDU sublinha a importância de “se incentivar a reflorestação das áreas ardidas com a plantação de árvores autóctones”.
Para o desenvolvimento do concelho, o apoio à realização de eventos locais que promovam produtos endógenos, “desde que isso não implique sérios prejuízos ou desvantagens para os produtores dos mesmos, os pequenos e médios agricultores”, é também defendido pela candidata, que acrescenta a “implementação de uma política de coesão e planeamento do território que assegure um desenvolvimento económico e social propício à existência feliz de todos os que vivam e trabalhem na região contribuindo para a expansão e enriquecimento da mesma”.
A cultura e o desporto não foram deixados de lado pela CDU de Baião, que defende que “se deve estimular a produção da cultura, garantindo o acesso livre e a fruição de todos à mesma e a criação de condições para o associativismo e para a prática desportiva”.
“Eu, Natacha Diana Fernandes, como candidata à Câmara Municipal de Baião, dou a minha palavra de honra a todos os eleitores e cidadãos baionenses de que tudo farei para que tal aconteça, a conquista do desenvolvimento real da nossa terra”, finalizou.
Também Carlos Ferreira falou das suas motivações, vincando que “quer ajudar Baião, falando, dialogando e explicando às pessoas o caminho, que no seu entendimento, deve ser seguido pelos políticos”.
Dizendo que “não é um homem da política”, Carlos Ferreira diz que “é um homem que sempre quis o melhor para todos e é por isso que está em Baião, na sua terra Natal, com um único objetivo: ajudar as pessoas”.
