Virgínia Moraes e José Porfírio trocaram o Brasil por Frende, no concelho de Baião, depois da vontade do casal em procurar um “sítio seguro, bonito e sossegado e com capacidade para ser transformado em agroturismo”.
Ela é luso-brasileira da Baía e ele é português de Lamego, que viveu durante 47 anos no Brasil.
Com grande parte da família do marido em Lamego e sem qualquer ligação a Baião, Virgínia não pensou duas vezes quando teve oportunidade de vir para Portugal. A busca por um sítio que satisfizesse os sonhos do casal levou-os ao Douro e foi por terras de Baião que Virgínia e José assentaram arraiais.
“Começamos a procurar uma quinta pequena, para a transformar em agroturismo e para fazer plantação”, contou Virgínia Moraes ao nossoterriório.pt, acrescentando que “brinca com o facto de ter saído da Baía para Baião, mas a questão da sustentabilidade e de Baião ser certificado como destino turístico sustentável pesou na decisão”.
Encontrada a propriedade, o casal colocou mãos à obra e arrancou com uma plantação biológica, que é hoje a base das compotas, geleias e conservas que produz, “únicas, de sabor especial”, garante Virgínia Moraes.
Através da marca “b.em Douro”, o casal oferece uma variedade de sabores, como compota de cebola com Vinho do Porto ou geleia de pimenta. Tudo produzido na quinta, onde não faltam os espargos, o quiabo e as oliveiras.
O casal está em Baião há seis anos e Virgínia confessa que é uma apaixonada pelo rio Douro, “com vistas deslumbrantes que lhe dão muita paz”, revela.
O agroturismo será o próximo passo do casal, “com a possibilidade dos turistas passarem dias diferentes, colhendo produtos da quinta e cozinhando ali mesmo”, contou Virgínia, que revelou “terem sido muito bem acolhidos pela autarquia baionense e pela população”.



