A Unidas – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa, coordenada pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, promoveu hoje, em Baião o workshop “Agressores(as): A Outra Face da Violência”.
O Auditório Municipal de Baião acolheu o evento, que surge na continuidade do ciclo de workshops sobre violência doméstica, com o tema “A conversar podemos eliminar a violência”.
Filipe Fonseca, vice-presidente da Câmara Municipal de Baião, abriu a sessão, desejando a todos “um bom dia de trabalho, em torno de um tema sempre pertinente na sociedade”.
Focado na intervenção com agressores/as e na sua importância para prevenir a reincidência, interromper o ciclo de violência, proteger as vítimas e promover a reabilitação e responsabilização, o workshop contou com as intervenções de Ana Lemos, investigadora no CINNEIC – Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo Comportamental da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Filipa Cardoso, psicóloga responsável pelo PICA – Projeto de Intervenção com Pessoas Agressoras, da Associação A4, Jorge Fraga, coordenador da Equipa da Direção-Geral de Reinserção Social (DGRS) de Aveiro-Santa Maria da Feira, e Carla Guerra, técnica superior de Reinserção Social da mesma equipa. A moderação ficou a cargo de Rita Matos, coordenadora da DGRS do Porto Este – Penafiel, e António Vilela, coordenador da Equipa da DGRS do Porto Este – Amarante.
O workshop foi dirigido aos técnicos das estruturas municipais de atendimento às vítimas da região e aberto a entidades com competência em matéria de infância e juventude – saúde, educação, justiça, serviço social, IPSS, associações, CPCJ –, bem como aos demais profissionais que trabalhem com intervenção na área da violência doméstica.
A violência doméstica é uma realidade social vivida por inúmeras famílias, afetando profundamente não só as vítimas, mas também as famílias e a sociedade em geral.
A UNIDAS prestou apoio, em 2024, a 743 novas vítimas adultas de violência doméstica nas suas onze estruturas de atendimento, o que representa um aumento de 7,06% face ao ano de 2023. No mesmo período, 176 crianças e jovens iniciaram acompanhamento na rede, registando um acréscimo de 12,10% em relação a 2023.
Desde a criação da UNIDAS, em abril de 2021, já foram atendidas mais de 2.500 vítimas adultas e mais de 450 crianças e jovens, sendo que o acompanhamento a menores teve início em fevereiro de 2022. Estes números refletem um crescimento de 43,71% no número de vítimas adultas atendidas entre 2021 e 2024 e um aumento de 41,94% no acompanhamento de crianças e jovens desde 2022 até 2024.



