Conheceram-se há cerca de dois anos, mas nada fazia prever que hoje fossem namorados e partilhassem uma vida em comum, por terras de Baião, de onde ambos são naturais.
Amélia e Diogo, ela de 71 anos e ele de 77, vivem um romance há cerca de um ano, que tem na sua história momentos de diversão, não fossem ambos alunos a Universidade Sénior de Baião, e muito companheirismo.
Maria Amélia é natural do lugar de Outeiro, em Campelo e Ovil. Foi com 17 anos para o Brasil, onde esteve 36 anos, tendo regressado a Baião, onde comprou casa e reside. Diogo nasceu em Ancede, residiu em Vila Nova de Gaia, mas nunca esqueceu a terra Natal. Foi Diogo que ofereceu, em 1979, o terreno para a construção do recinto desportivo da Associação Desportiva de Ancede.
Do Brasil para Baião, Maria Amélia conta, com um pequeno sotaque brasileiro, que conheceu Diogo numa danceteria no Porto, que pertence a um familiar, “mas na altura não estavam para aí virados”.
“Conhecemo-nos e cada um foi para o seu lado. Eu voltei a Baião e ele foi para Vila Nova de Gaia, onde trabalhava”, contou Amélia ao nossoterritório.pt.
Um ano depois, os olhares e corações de Amélia e Diogo tocaram-se de forma diferente. Indicada por uma amiga comum, Diogo quis aprofundar a amizade e encontrou na atual companheira “muitas coisas em comum”.
“Puxei o Diogo para cá e ele voltou às origens”, disse Amélia.
Diogo Monteiro vinha regularmente a Baião, visitar a família, mas, graças à amiga em comum, encontrou Amélia e deu o passo em frente na relação, que pretende que seja “para toda a vida”.
“A pessoa que me indicou a Amélia nunca me poderia enganar, conhece bem a ambos. Mas também foi preciso haver aquele clique e houve, instantemente”, confessou Diogo, acrescentando:
“Começámos a falar nas coisas principais da nossa união e aconteceu. Quero dizer-lhe que sou homem feliz, por várias razões. Primeiro, porque conheci uma Amélia que perfaz as minhas ideias. É como diz o ditado: arranjei a panela certa para o meu testinho”, disse Diogo entre risos.
As famílias de ambos receberam os namorados com “muito agrado” e são agora a família um do outro.
Sobre o namoro com idades mais maduras, Amélia e Diogo confessam que “é muito mais difícil agora”.
“O namorar para mim foi entendê-la, percebê-la, saber os problemas dela, ela saber os meus e estar prontinho para ajudar nas horas difíceis. Para mim o amor é isso e a relação diária”, salientou Diogo.
A maturidade é diferente, mas os momentos de diversão são uma constante. Frequentadores da Universidade Sénior de Baião, Amélia e Diogo encontram naquele espaço amizade e boa disposição.
Diogo, que durante 45 anos trabalhou numa colónia de férias da CP, sabe bem o que é ter a “casa cheia” e o que é proporcionar momentos de diversão.
“Na Universidade Sénior de Baião convidaram-me para cantar e eu cantei e encantei”, disse Diogo, com a boa disposição que o caracteriza.
“Só tenho palavras de elogio para o dr. Nelson e a professora Né, são fantásticos, receberam-me com tanto carinho que eu nunca pensei ter uma recetividade de amizade assim”, sublinhou Diogo.



