Rafael Monteiro tem na música e na família o suporte necessário para se considerar “uma pessoa feliz”, depois de ter sido vítima de bullying na escola, com apenas 10 anos de idade.
Desde muito pequeno que Rafael tem ligação à música, através da família materna, que tinha o grupo Anaconda. O pequeno Rafael acompanhava a família, ajudava com as luzes e som e, mudava de roupa, quando ia ao palco cantar.
Foi a música e, sobretudo, o pai e a mãe, que foram e são o suporte de Rafael, apoiando-o e incentivando-o a ir sempre em frente.
“Sofri bullying durante alguns anos, eram-me feitas coisas muito más e que me faziam ter meda da escola. Com a ajuda dos meus pais, da minha família consegui dar a volta a essa fase menos boa e retirar dela alguns ensinamentos”, contou Rafael Monteiro ao nossoterritório.pt.
Aos 18 anos Rafael decidiu deixar de estudar e, depois de trabalhar nas obras, para ajudar nos custos do lançamento do primeiro single, “Se já não dá”, o jovem retomou os estudos e está a tirar Relações Internacionais, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde faz parte da tuna e toca cavaquinho.
“Penso que comecei a cantar antes de saber falar”, conta Rafael, lembrando a tia Ana e os Anaconda e o avô que estava ligado ao teatro, mas também tocava cavaquinho.
Autodidata, Rafael gosta do palco e de se relacionar com as pessoas, algo que vem dos tempos em que acompanhava os tios em concertos. Começou a cantar com Irene Passos, uma cantora do Minho, e ia para o jardim de infância com um rádio de cassetes com músicas de Quim Barreiros, “sempre com músicas de asneirada”, revelou entre sorrisos.
Em 2015 concretizou o sonho de cantar com Tony Carreira e, desde então, têm mantido uma ligação, que Rafael considera “muito importante”. “Tem-me ajudado muito, tem sido muito importante na minha vida pessoal e profissional”, revelou.
No caminho artístico de Rafael, constam várias idas à televisão e “a forma carinhosa” como é tratado, quer por João Baião ou Cristina Ferreira. Tem feito concertos em Baião, tendo já feito a abertura dos concertos de Augusto Canário, Zé Amaro e Emanuel.
Na vida, Rafael deu a volta por cima e, apesar de grandes perdas, como o avô materno e o padrinho, o jovem baionense tem consigo seguir em frente e, sobretudo, “seguir aquilo que realmente gosta”.
“Somos uma família muito unida, sempre ligo com os meus avós paternos, que estão no Porto, com as minhas tias e com os meus primos, que são muito de futebol. Acompanho os jogos deles, embora não seja nada de futebol, mas gosto que eles sintam o meu apoio, como eu gosto de os ver nos meus concertos”, salientou Rafael.
Com “os pés bem assentes a terra”, Rafael não sabe o que reserva o futuro musical, mas tem consciência que “ter um canudo é importante”.
Para fevereiro está previsto o lançamento do segundo single, com o título Coração Ferido, “que fala de uma pessoa que está a reencontrar-se depois do amor”, avanço Rafael Monteiro, acrescentando que “é uma música de autodeterminação”.



