O PSD Baião reafirmou hoje, em comunicado, a sua posição sobre a trasladação dos restos mortais de Eça de Queiroz para o Panteão Nacional, indicando que “serão sempre favoráveis a todas as honras e homenagens ao escritor, mas totalmente contra a trasladação do seu corpo de Santa Cruz do Douro”.
“Desde o início, quando o então deputado socialista e baionense, José Luís Carneiro, deu entrada deste projeto de resolução na Assembleia de República, esta foi a nossa posição”, reforça Ana Raquel Azevedo, presidente do PSD Baião.
Os sociais democratas defendem para Eça de Queiroz honras como as concedidas a Aristides de Sousa Mendes, cuja memória foi honrada sem a necessidade de deslocalizar os seus restos mortais, alegando que “permitiria preservar a sua ligação ao território e respeitar a importância económica, cultural e turística que a sua presença representa para Baião”.
O PSD Baião lamenta, ainda, que “ a proposta tenha partido do único deputado baionense à época, José Luís Carneiro, que num deslumbramento completo “decidiu que o melhor que podia fazer pelo seu concelho era “tirar” algo que materializa o expoente máximo cultural de Baião, numa atitude totalmente centralista, de quem se diz tão preocupado com o interior”.
Na última Assembleia Municipal, aquando da discussão do orçamento, o PSD alertava para uma rúbrica aberta para despesas relativas à trasladação, onde afirmou mais uma vez, que a autarquia “não devia gastar um cêntimo neste processo por imperativo moral”.
Durante o fim de semana, a Fundação Eça de Queiroz vai promover um conjunto de atividades de homenagem ao escritor, antes da trasladação para o Panteão Nacional, que decorrerá no domingo, dia 05 de janeiro. Nesse dia, a fundação terá em câmara ardente os restos mortais do escritor para que as pessoas possam prestar homenagem.
Também no dia 05 de janeiro, o Movimento de Cidadãos Baionense tem programada uma manifestação, por volta das 16:00, à qual Ana Raquel Azevedo se irá juntar, “em defesa do interior, do património e do direito de Baião continuar a ser o guardião do legado do Eça de Queiroz”.



