Mais de 60 comerciantes da vila de Baião integram projeto que visa a digitalização e promoção dos seus negócios

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Mais de 60 comerciantes do centro da vila de Baião integram o projeto Bairros Comerciais Digitais, que está a ser dinamizado em Baião pela associação empresarial em parceria com a câmara municipal, e que visa a digitalização e promoção dos seus negócios.

O projeto foi candidatado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo arrancado com os comerciantes da Rua de Camões, mas com o objetivo de ser expandido a todo o concelho.

“Este projeto em termos de Baião é uma grande mais-valia para o concelho, tendo em conta o número de projetos que foi aprovado e o facto de Baião ser um território de baixa densidade”, começou por referir Maria Miguel Correia, presidente da Associação Empresarial de Baião (AE Baião), em declarações ao nossoterritório.pt, acrescentando que “o projeto surge de uma vontade de promover aquilo que é a digitalização do comércio, principalmente o pequeno comércio”.

Com a oportunidade de avançar com um projeto inovador para o tecido empresarial do concelho, a AE Baião desafiou a Câmara Municipal de Baião para serem parceiros e avançar com a candidatura.

“Quando vimos a candidatura aprovada, quase com pontuação máxima, foi para nós um orgulho”, vincou Maria Miguel, revelando que “a recetividade dos comerciantes tem sido positiva, embora possam encontrar algumas dificuldades na implementação prática do projeto”.

Os bairros comerciais digitais assentam em vários pontos, mas o principal é a criação de um Marketplace, onde os comerciantes podem colocar os seus produtos que vão ser visualizados e, eventualmente, comprados por pessoas de vários pontos do país.

“A nossa intenção é alargar o Marketplace a todo o comércio do concelho”, avançou a presidente da AE Baião.

Integram, ainda, o projeto a criação de dinâmicas diferentes, como os “muppies”, uma aplicação do Marketplace para telemóveis e os “lockers”, estes últimos que permitirão que o cliente efetue uma compra e a possa levantar fora do horário de funcionamento da loja, deslocando-se ao “locker” e recebendo a encomenda através de um código disponibilizado pela loja.

No “muppie”, haverá um conjunto de informação, como a agenda cultural do município, onde comer, onde dormir e o que visitar em Baião.

José Lima, vereador dos Assuntos Económicos da Câmara Municipal de Baião, realçou a importância do projeto, revelando que era vontade da câmara criar algo assim, alargado a todo o concelho.

“Estar ligado à associação empresarial é para nós uma extensão da câmara municipal, porque há coisas que a câmara não pode responder diretamente e só o pode fazer através das associações”, disse o vereador, realçando “a lealdade com a associação”.

“Tem dado um gosto enorme de trabalhar com a associação e gostaria muitas vezes poderia ir mais além, mas também estamos limitados os nossos orçamentos”, vincou.

Em relação aos bairros digitais, José Lima lembrou que “antigamente se dizia que as grandes vias de comunicação eram as autoestradas, hoje em dia a grande via de comunicação é a Internet”.

“Chegarem a Baião e terem esta oportunidade, na Rua de Camões, através de um clique saberem onde estão o que é que podem comer, o que podem ver e o que podem comprar é fundamental. Isto é colocar-nos exatamente acima de grande parte do comércio do país”, considerou o autarca, acrescentado:

“Quero dar os parabéns à AE Baião, porque soube andar à frente. De 200 projetos apresentados, na primeira fase, 65 foram aprovados e Baião estava na lista”.

Sapataria Pink de Armanda Monteiro é um dos estabelecimentos comerciais de Baião que integra o projeto

Armanda Monteiro é a proprietária da Sapataria Pink, localizada na Rua de Camões, um dos 60 estabelecimentos comerciais que integram os Bairros Comerciais Digitais do concelho de Baião.

Com grande experiência no comércio online, dado que, durante a pandemia de covid-19, Armanda teve de adaptar-se à realidade que o país estava a viver, a Sapataria é um bom exemplo de como a Internet pode ser essencial para o crescimento e sobrevivência do comércio.

“Baião fica localizado numa zona remota em que nem toda a gente conhece. Tenho clientes de vários pontos do país, como vendo online, e tenho muitas pessoas que ainda perguntam onde fica Baião, por isso, este projeto vai levar Baião mais longe”, salientou Armanda Monteiro.

Entre as várias valências do projeto, Armanda aponta o Marketplace como “uma das principais”, pois “se todos aderirem, vão mostrar o que Baião tem de bom, as suas potencialidades e pode até captar investimento de fora no concelho”.

Armanda Monteiro optou por investir em Baião e é em Baião que quer continuar a trabalhar, apontando o projeto da Associação Empresarial de Baião e da Câmara Municipal de Baião como “fundamental” para que o comércio entre na era digital e possa “atrair mais público e clientes de vários pontos do país”.

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