O Município de Mesão Frio anunciou que foi aberto o procedimento de classificação de monumento de interesse público da Igreja de Santa Maria de Oliveira, determinado pelo Conselho Diretivo do Património Cultural, sob proposta da Direção Regional de Cultura do Norte e informação favorável do Departamento de Bens Culturais.
“Os esforços envidados pela Câmara Municipal de Mesão Frio pretendem valorizar o património cultural deste imóvel com mais de 300 anos, da freguesia de Oliveira”, indica a autarquia.
Na proposta de abertura do procedimento apresentada pode ler-se: “não há dúvidas quanto ao seu valor patrimonial, reconhecendo-se, ainda, que detém um valor patrimonial de escala nacional. Apesar de ser um exemplo relativamente comum de arquitetura paroquial classicizante (Maneirista/Chã), a Igreja destaca-se pelo património integrado, sobretudo a talha dourada e policromada – Nacional e Rococó – que reveste na totalidade tetos e paredes e o conjunto de pinturas sobre madeira na transição dos séculos XVII – XVIII. Regista-se o elevado grau de integridade, que faz desta Igreja um caso raro e surpreendente, face às grandes alterações que a generalidade do património integrado religioso já sofreu.”
Segundo especialistas, a igreja é de relativa simplicidade exterior, mas contém no seu interior um rico património integrado, que a torna singularmente majestosa e rara no contexto da Região. Não havendo certezas nem vestígios evidentes de um edifício medieval, assume-se o ano 1694 como data provável da sua construção.
A intervenção sobre o património integrado da Igreja de Santa Maria de Oliveira deverá obedecer a um programa faseado de conservação e restauro, tendo como princípio orientador a estabilização da deterioração através de uma atuação sustentável e conscienciosa, reversível, compatível e que permita a efetiva proteção, preservação e conservação. A estimativa de custos desta intervenção está orçada em 299.700,00 euros, com a duração estimada de 90 dias.
Recorde-se que em 1998 a Igreja de Santa Maria de Oliveira foi assaltada, tendo sido furtadas várias imagens do espólio religioso e que a mesma não sofre qualquer tipo de intervenção desde a reconstrução do teto, no ano de 1993 e a eletrificação, no ano de 1994.



