Opinião com José Eduardo Martins

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No início de agosto, a AD Ancede e a AD Baião, duas das mais representativas associações desportivas do concelho de Baião, no que diz respeito ao desporto de formação, receberam com um justificado entusiasmo, “luz verde” por parte do executivo municipal, para a instalação de novos relvados sintéticos.

Esta era aliás, uma ambição manifestada há décadas por dirigentes, atletas e sócios da Associação Desportiva de Ancede, em transformar o seu parque de jogos numa infraestrutura moderna e adequada aos tempos atuais. Também as diferentes direções que lideraram a Associação Desportiva de Baião, vinham há muitos anos a alertar para a necessidade de obras de requalificação urgentes, para um relvado que tem tido uma utilização intensiva desde a sua inauguração em 2004.

Importa desde já recordar, que o trabalho associativo local, é um trabalho feito “pro bono” e desenvolvido por pessoas que de forma voluntária e não profissional, aplicam o seu tempo livre, para de forma gratuita, pensar, gerir, organizar, promover e dar vida a iniciativas desportivas, culturais e/ou recreativas, que tragam benefícios para a comunidade. Um trabalho árduo, e que sendo muitas vezes ambicioso, acaba por ser condicionado pela escassez de verbas, provenientes apenas da boa vontade da comunidade e/ou dos subsídios legalmente atribuídos.

A AD Ancede e a AD Baião, são duas de muitas outras associações do concelho, que provam diariamente e de forma cabal a importância que o associativismo tem no desenvolvimento local, sobretudo quando os números indicam de forma fria, uma contínua perda de população jovem de ano para ano. 

Dotar estas duas instalações de melhores condições, é algo que “apenas” peca por ser uma decisão tardia e que jamais poderá ser visto como um custo sem retorno. Até porque o tempo já nos provou que não há momentos perfeitos para tomar decisões que são acertadas por natureza. E permitam-me a honestidade de afirmar que: ajudar na criação de condições equitativas às que outras coletividades (até de menor dimensão) já usufruíam há anos em concelhos vizinhos, era algo que merecia ter sido priorizado. 

Por fim deixo um desafio.

Baião é uma terra que merece colocar as pequenas diferenças de lado e unir-se em torno de um propósito maior. Baião merece que as qualidades de partilha e comunhão características das suas gentes, sejam hoje (mais do que nunca), hábitos permanentes. Deixo assim, o apelo aos dirigentes associativos e aos autarcas, para que estas instalações desportivas não fiquem restritas apenas à utilização por parte destas duas associações, mas sim, que possam ser partilhadas/usufruídas, por outras associações vizinhas, e que entendam ter ali as condições iniciais para alavancar as suas atividades.

A todos aqueles que no presente, e sobretudo no passado, contribuíram para este desfecho, o meu sentido obrigado.

Saímos todos a ganhar.

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Sugestão de Leitura – Biblioteca Municipal António Mota: “Noite sem Lua” de John Steinbeck

Publicado em 1942, Noite sem Lua (título original The Moon Is Down) retrata a ocupação de uma pequena cidade do Norte da Europa por um exército invasor. Apesar da presença militar, a dignidade e o espírito do povo tornam-se fonte de resistência silenciosa e esperança. Uma poderosa reflexão sobre coragem, patriotismo e o desejo universal de liberdade.

Disponível na Biblioteca Municipal António Mota, em Baião

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