A aldeia de Mafómedes, ao sopé da Serra do Marão, foi o cenário escolhido para a rodagem de um filme que envolveu a comunidade local e sete jovens com necessidades especiais.
“Isolados” é o nome da curta metragem, que está a ser exibida a nível nacional e que visa transmitir uma mensagem de inclusão e de vivência na simplicidade.
O filme foi exibido na sexta-feira, no JUVE: Encontros de Cinema e Literatura Infantojuvenis de Baião, tendo como espetadores alunos do Agrupamento de Escolas de Eiriz.
Adolfo e Rui são dois dos protagonistas da curta metragem. Adolfo é pastor e leva o rebanho para a Serra do Marão, tendo Rui e Tiago como irmãos, dois rapazes com necessidades especiais.
Adolfo não se escusa a criticar os irmãos, mas é deles que mais vai precisar numa altura de aflição, mostrando destreza e habilidade a pedir socorro quando Adolfo necessitou.
A curta metragem tem direção de José Lemos e Tiago Mendes e é uma produção do Parque Nascente e da ACIP – Ave Cooperativa Intervenção Psicossocial, de Vila Nova de Famalicão.
Ao nossoterritório.pt, Mónica Carvalho, diretora geral da ACIP, salientou que “este filme foi o concretizar de um sonho do Rui”.
“Foi escolhido Baião por ter uma aldeia isolada, como o título do filme, e contou com a participação de sete jovens com deficiência. O filme foi rodado em três dias e o objetivo é divulgar esta curta a nível nacional”, revelou.
A escolha de Baião surgiu por proposta da equipa de realização e de produção e “adequou-se perfeitamente àquilo que se pretendia e à mensagem que os promotores queriam passar”, completou.
Para Rui Ribeiro foi “o concretizar de um sonho de ser ator”, tendo “adorado a experiência”.
A equipa regressou a Baião depois da rodagem do filme, para participar nas festas da aldeia, em agosto. Mónica Carvalho sublinha que “não querem deixar cair no esquecimento este trabalho, que envolveu a comunidade”.
Adolfo Campos vem do teatro amador, faz parte da Artâmega, do Marco de Canaveses, e estreou-se como irmão de Rui no mundo das gravações.
“Foi uma experiência diferente em vários aspetos. O mote principal do projeto, que é a integração, eleva as coisas a outro patamar, a envolvência com Mafómedes, que reflete bem o nome escolhido para o filme, com a comunidade e o trabalho destes jovens da ACIP, num trabalho muito intenso, de gravações feitas em três dias, onde a entrega destes jovens foi fenomenal”, observou Adolfo Campos.



