Pedro Nuno Santos disse hoje em Baião que “houve claramente falta de meios” no combate aos incêndios

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O secretário geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, disse hoje em Baião que “houve claramente falta de meios” no combate aos incêndios, avançando que “são vários os autarcas que se queixam de falta de coordenação política durante o combate”.

“Há factos, durante aqueles dias não houve ministra da Administração Interna, ela não faz o combate, mas há um dever de comunicação, não só com os autarcas, mas com o país”, argumentou o político, defendendo:

“O problema é conseguir com que os incêndios parem, não só como começam, mas como param. É um exercício que todos temos de fazer, trabalhar na prevenção e no combate e sobre isso ainda não tivemos nem uma palavra do senhor primeiro ministro”.

Pedro Nuno Santos esteve hoje no Mosteiro de Ancede, no concelho de Baião, e, acompanhado pelo presidente da autarquia, Paulo Pereira, pelo vice-presidente Filipe Fonseca e por autarcas da região, visitou algumas zonas ardidas no concelho, contando com explicação do coordenador da proteção civil de Baião, José Manuel Ribeiro.

No final, e com vista para o Mosteiro de Ancede, onde arderam vários hectares de vinhas e árvores de frutos, o secretário geral do PS sublinhou que a visita aos concelhos afetados, como Baião, “é uma forma de se solidarizar com as populações, com os autarcas e perceber o que correu bem e o que correu mal para tirar lições para futuro”.

“Esse é o trabalho que devíamos estar todos a fazer neste momento. Há várias coisas que não correram bem, nomeadamente no distrito do Porto, em concelhos como Baião e Gondomar”, vincou, classificando a situação de Baião como “dantesca”.

“Mais de metade da superfície do concelho ardeu e, por isso, o primeiro objetivo da minha visita é manifestar a nossa solidariedade, é o primeiro gesto que um político com responsabilidades nacionais pode fazer à população e aos presidentes das câmaras e aos autarcas de freguesia”, indicou.

Sobre os apoios às pessoas que perderam habitações e outros bens, Pedro Nuno Santos espera que “seja um processo célere”.

“Não vejo razões para que não seja. As populações têm essa espectativa e é importante que esses apoios cheguem rapidamente às populações, muitas delas com dificuldades, nomeadamente quem perdeu as suas habitações e quem tinha terras das quais tirava rendimento”, concluiu.

CÂMARA DE BAIÃO ACOMPANHA FAMÍLIAS QUE PERDERAM BENS NOS INCÊNDIOS

O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, deu conta aos jornalistas de que Pedro Nuno Santos já tinha manifestado a sua solidariedade, mas quis ir ao território ver os resultados “catastróficos” dos incêndios no concelho.

Aos jornalistas, o edil baionense adiantou que a câmara municipal, através da ação social, está a acompanhar as pessoas que ficaram sem casas, verificando se há necessidade de bens essenciais e roupas.

“Temos realizado visitas a cada uma das pessoas que perdeu bens e está a ser realizado um levantamento dos danos, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, em articulação com as juntas de freguesia”, explicou Paulo Pereira.

Questionado sobre o que podia ter sido feito em termos de prevenção, o presidente da Câmara Municipal de Baião referiu que “em termos de prevenção há um problema no país, na questão do ordenamento da floresta e das limpezas dos terrenos”.

Paulo Pereira exaltou um aspeto “muito importante” que é “a ideia que se criou de que se um proprietário tem um terreno e não o limpa a câmara, em última instância, pode substituir-se a fazer essa limpeza”.

“E isso é verdade”, enfatizou o edil, continuando: “mas antes de chegar à autarquia é preciso que o vizinho que tem o outro vizinho que não limpa fale com ele. Às vezes não querem falar para não terem problemas com o vizinho. A câmara pode substituir-se ao proprietário uma, duas ou 20 vezes, mas no caso de Baião, depois de uma identificação que foi feita, se a autarquia tivesse de limpar todos os terrenos que os privados não limpam chegava-se a 11 mil situações”.

No final da visita a algumas freguesias afetadas pelo fogo, Pedro Nuno Santos e alguns autarcas da região reuniram para partilharem a sua experiência e perceber que medidas podem ser implementadas nas questões dos incêndios, quer na prevenção, quer no combate.

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